Os primeiros foram feitos com tartã, tecido de lã que possui listras diferentes que se cruzam criando desenhos em xadrez de várias larguras.
Por volta de 1703, era usado para identificar os clãs escoceses, que foram proibidos de utilizá-lo durante a guerra com os britânicos no século XVIII, por ser considerado um sinal de rebeldia. Somente 37 anos depois é que puderam utiliza-los novamente e optaram pelo xadrez mais semelhante ao que conhecemos hoje. Interessante como desde sempre o xadrez está ligado a alguma expressão de rebeldia ou contestação, não é mesmo? Após a segunda guerra, a moda que conquistou o coração da Rainha Vitória e os escoceses foram os kilts e saias feitos com o tal tartã. Depois foi a vez de Coco Chanel, ela sempre gostou de reinventar e deixar tudo do seu próprio jeito, não foi diferente com o xadrez, agora incorporado em peças femininas e mais delicadas.
Nos Estados Unidos primeiro foi usado pelo lenhadores, mas logo em seguida, na década de 70, virou praticamente um “uniforme” para os punks e mais tarde, na década de 90 foi adotado pelo movimento grunge. Esses dois movimentos tem em comum o interesse por mudanças sociais e culturais.
De lá para cá foi a vez de revolucionar as passarelas. O xadrez tornou-se ícone na moda e invadiu também o guarda-roupa de todo mundo no mundo todo, mas sem perder sua principal característica. Ainda hoje é símbolo de personalidade e opiniões fortes.
E você, já se rendeu a este tecido que foi símbolo de movimentos, de tribos, clãs, e tudo mais?
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